Chefe do FMI diz que preço do carbono de US$ 75/t é necessário até 2030

Chefe do FMI diz que preço do carbono de US$ 75/t é necessário até 2030

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O preço do carbono precisa atingir uma média de pelo menos US$ 75 a tonelada globalmente até o final da década para que as metas climáticas globais sejam bem-sucedidas. Isso é o que a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse à Reuters nos bastidores da COP27 em novembro passado.

Reconhecendo que “O problema é que em muitos países, não apenas nos países pobres, em todo o mundo, a aceitação para ‘precificar a poluição’ ainda é baixa” – situação agravada pelo atual ambiente de alto custo de vida – ela acredita que “A menos que precifiquemos o carbono em uma trajetória previsível que nos leve a pelo menos US$ 75 de preço médio por tonelada de carbono em 2030, simplesmente não criaremos o incentivo para que empresas e consumidores mudem”.

Os países têm e podem seguir diferentes rotas de precificação de carbono: a União Europeia já precifica o carbono acima desse nível, cerca de 76 euros a tonelada, nos Estados Unidos a Califórnia vende licenças de carbono por pouco menos de US$ 30 por tonelada, enquanto alguns não têm preço algum.

Para que se tenha algum tipo de convergência de preços de carbono, existe a proposta do Piso Internacional de Preços de Carbono (ICPF) do FMI e a ideia do G7 que circulou na Alemanha 2022, de um ‘clube de carbono’ das maiores economias do mundo.

Você pode ler aqui a Declaração do G7 sobre o Climate Club que indica que o “clube” coordenaria como os membros medem e precificam as emissões de carbono e permitem a cooperação na redução das emissões nos maiores setores industriais.

Sobre a proposta do ICPF, o IMF Blog “Por que os países devem cooperar com os preços do carbono” indica que os preços mínimos por tonelada de carbono devem ser fixados em US$ 25 para países de baixa renda, US$ 50 para países de renda média e US$ 75 para países de alta renda. De acordo com o FMI, isso seria mais justo do que um preço global uniforme do carbono e haveria menos necessidade de transferências adicionais entre países, algo que já se mostrou politicamente problemáticos no passado.

O artigo do IMF Blog inclui links para dois outros documentos interessantes: Economic and Environmental Benefits from International Cooperation on Climate Policies (2022) e Proposal for an International Carbon Price Floor Among Large Emitters (2021).

Clique no gráficos abaixo (FMI) para ler mais em artigo da Reuters.

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