A importância de entender a rentabilidade de cada cliente

A importância de entender a rentabilidade de cada cliente

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O que estamos discutindo aqui?

Neste artigo, iremos aprofundar um método que capacita os bancos com conhecimentos mais profundos sobre as suas operações existentes, facilitando uma abordagem estruturada para discernir as fontes primárias de receitas e preparar-se para os desafios iminentes.

Visualize este cenário: Você é o CEO de um banco e analisa os resultados financeiros trimestrais de sua instituição. Espalhe diante de você páginas de relatórios financeiros intrincados apresentando uma infinidade de métricas - NIM, perdas não realizadas, ajustes de reservas trimestrais, taxas de inadimplência recentes, o influxo de novos clientes, mudanças nas despesas operacionais e assim por diante. Como profissional experiente, você possui a capacidade de olhar nas entrelinhas e discernir os produtos mais lucrativos e identificar os clientes mais valiosos.

No entanto, esta intuição baseada na experiência não está isenta de armadilhas:

A percepção dos demais dirigentes pode divergir da sua, visto que cada um tem seu ponto de vista único.

Conforme destacado pela pesquisa seminal de Kahneman-Tversky, os julgamentos pessoais são muitas vezes repletos de preconceitos, tornando arriscado confiar exclusivamente neles.

Isso apenas arranha a superfície de possíveis problemas.

Alinhando os objetivos organizacionais: 

Poucos dentro de uma organização podem corresponder à sua profundidade de visão de negócios. Em vez de se concentrarem no aumento da rentabilidade global, alguns podem estar fixados em objectivos específicos do departamento. Tomemos por exemplo o departamento de marketing: no seu zelo em conceber uma nova campanha publicitária, a sua principal preocupação pode girar em torno da geração da quantidade máxima de novas aplicações, deixando de lado métricas cruciais como taxas de aprovação, taxas de incumprimento e desgaste. Há um ditado empresarial bastante conhecido: “Não se pode melhorar aquilo que não se mede”. Se fosse possível identificar a receita exata que cada cliente gera, avaliar a eficácia das campanhas de marketing se tornaria substancialmente mais simples. A implementação de tais sistemas garante que todos estejam alinhados com um objetivo único – aumentar os resultados financeiros da instituição.

 

Navegando pelas métricas:

Outra complexidade surge da multiplicidade de parâmetros que influenciam a rentabilidade. Estabelecer conexões entre esses parâmetros e a lucratividade pode ser complicado. Aspectos como taxas de inadimplência, taxas de recuperação, despesas operacionais e custos de marketing desempenham papéis essenciais. Além disso, a interação entre estes parâmetros nem sempre é linear. Não é um dado adquirido que um aumento de 4% na taxa de incumprimento levará a um impacto quatro vezes maior em comparação com um aumento de 1%.

Munida de uma estrutura abrangente que capta estas relações multifacetadas, a análise de cenários torna-se mais precisa, proporcionando insights mais claros.

Em Conclusão:

Existem inúmeros argumentos que sublinham os imensos benefícios de compreender a rentabilidade de cada cliente e de ter uma estrutura adequada para calcular cada determinante da rentabilidade. Por que então esta não é uma prática dominante? As vantagens parecem evidentes, tornando-o uma ferramenta indispensável para qualquer banco!

Do nosso ponto de vista, a realidade diverge do ideal. Fique ligado em nosso artigo subsequente, onde expandiremos essa disparidade e exploraremos a construção de tais frameworks, com menção especial ao timveroOS.

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