Colômbia inicia negociações para comprar 16 caças Rafale

Colômbia inicia negociações para comprar 16 caças Rafale

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SANTIAGO, Chile – A Colômbia está negociando a compra de 16 caças multifuncionais Rafale para sua Força Aérea, um acordo potencialmente avaliado em US$ 3.15 bilhões, de acordo com um comunicado à imprensa do presidente do país.

Depois que a mídia local informou recentemente que negociações com a fabricante francesa de aeronaves Dassault estavam em andamento, o presidente colombiano, Gustavo Petro, emitiu um comunicado confirmando a informação. No entanto, ele também observou que duas outras ofertas permanecem em consideração, e que a oferta da Dassault só foi pré-selecionada como opção preferida da Colômbia.

No início deste mês, o presidente anunciou durante uma cerimónia militar que o país substituiria em breve os seus jactos Kfir de fabrico israelita, que têm mais de 40 anos e se aproximam do fim da sua vida útil. De acordo com o comunicado de imprensa do presidente, a operação e manutenção dos Kfirs “tornaram-se muito caras e também arriscadas”, uma vez que poucos deles permanecem operacionais em todo o mundo, o que dificulta a obtenção de peças sobressalentes.

Petro acrescentou que o custo de aquisição dos substitutos do Kfir “não vai consumir um único centavo” dos fundos destinados ao investimento social.

O ministro da Defesa, Ivan Velasquez, explicou mais tarde que o financiamento virá de um crédito de 20 anos concedido pelo governo francês, que inclui um período de carência de cinco anos antes do início dos pagamentos.

As outras duas ofertas em consideração são o F-16 Block 70, da americana Lockheed Martin, e o Gripen NG, da sueca Saab.

A Força Aérea da Colômbia demonstrou interesse no F-16, mas as autoridades estão preocupadas com o que consideram condições restritivas associadas à aquisição de mísseis no âmbito do programa de Vendas Militares Estrangeiras dos EUA, disseram fontes militares locais ao Defense News sob condição de anonimato, já que não eram autorizado a discutir o tema.

O Departamento de Estado dos EUA não respondeu aos pedidos de comentários sobre as ambições da Colômbia em matéria de mísseis.

Quanto ao Gripen NG, fontes militares disseram que ele é considerado aqui um caça leve e menos capaz do que as opções alternativas. Embora a aeronave seja mais barata que as demais ofertas, as condições financeiras da Saab não são tão generosas, com carência e prazo de pagamento mais curtos. O empreiteiro sueco também ofereceu aeronaves usadas, reformadas e atualizadas, mais baratas, mas a Colômbia recusou.

Emilio Meneses, analista independente baseado em Santiago, Chile, disse ao Defense News que Petro surpreendeu os observadores com seus esforços de aquisição de defesa.

“Contra o que se esperava dele e do seu passado de esquerda, ele lançou dois grandes programas militares – para construir fragatas e adquirir novos aviões de combate. Ele está elevando o perfil estratégico da Colômbia na América do Sul”, disse Meneses.

José Higuera é o correspondente latino-americano do Defense News.

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