New Mexico AG processa Meta por questões de segurança infantil

New Mexico AG processa Meta por questões de segurança infantil

Nó Fonte: 3005058

O procurador-geral do Novo México, Raul Torrez, entrou com uma ação contra a Meta Platforms Inc., controladora do Facebook e do Instagram, acusando-os de não protegerem adequadamente os usuários jovens de predadores sexuais.

O processo, arquivada no tribunal estadual, alega que a Meta não tomou medidas suficientes para proteger as crianças em suas plataformas, apesar dos repetidos avisos e evidências.

Torrez destacou as descobertas perturbadoras de uma investigação conduzida por seu escritório, onde contas falsas criadas por investigadores estaduais receberam imagens e mensagens explícitas não solicitadas. Ele afirmou: “Nossa investigação sobre as plataformas de mídia social da Meta demonstra que elas não são espaços seguros para crianças, mas sim locais privilegiados para predadores comercializarem pornografia infantil e solicitarem sexo a menores”.

Algoritmos da Meta sob escrutínio

O processo assume uma posição crítica sobre Uso de algoritmos pela Meta, argumentando que as recomendações de software da empresa contribuem para a disseminação de materiais de exploração sexual. “Os algoritmos do Meta operam para ‘buscar e disseminar’ materiais sexualmente exploradores e explícitos”, afirmou Torrez. Esta abordagem desafia o escudo jurídico convencional que protege as empresas da responsabilidade por conteúdos gerados pelos utilizadores, sugerindo que a Meta desempenha um papel mais activo na circulação de conteúdos.

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O processo nomeia pessoalmente o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, acusando-o de fazer promessas públicas sobre a segurança infantil enquanto se opõe internamente às mudanças necessárias.

“Ele prometeu publicamente que ordenou que Meta protegesse as crianças, mas em particular exigiu e cumpriu o oposto”, alega o processo legal.

Resposta e esforços da Meta

Respondendo às alegações, Meta enfatizou o seu compromisso com o combate à exploração infantil. “A exploração infantil é um crime horrível e os predadores online são criminosos determinados”, afirmou um porta-voz da empresa. A Meta destacou o uso de tecnologia sofisticada, a colaboração com especialistas em segurança infantil e a denúncia de conteúdo ofensivo às autoridades relevantes como parte de seus esforços para erradicar predadores.

Este processo se soma à crescente pressão legal que a Meta enfrenta nos Estados Unidos em relação ao tratamento dispensado a usuários jovens. Vários estados acusaram a empresa de contribuir para uma crise de saúde mental juvenil, e centenas de famílias iniciaram ações legais, alegando que as plataformas são prejudiciais por natureza. Além disso, no União Européia, os reguladores exigiram informações detalhadas sobre as medidas tomadas pela Meta para proteger as crianças do abuso.

Medidas proativas da Meta

Em resposta às preocupações crescentes, a Meta criou em junho um grupo de trabalho para abordar a exploração infantil nas suas plataformas. A empresa afirma que ampliou o número de termos que monitora e desenvolveu novas tecnologias para identificar predadores. Estas etapas fazem parte do esforço contínuo da Meta para melhorar a segurança da plataforma.

O processo do Novo México contra a Meta representa um momento crucial no debate em curso sobre a segurança digital e as responsabilidades dos meios de comunicação social gigantes. Destaca as complexidades e desafios que empresas como a Meta enfrentam na criação de um ambiente online seguro, especialmente para utilizadores mais jovens. O caso também destaca o crescente escrutínio das autoridades legais e do público em relação ao papel das empresas de tecnologia na proteção dos seus utilizadores contra danos online.

Esta batalha legal provavelmente abrirá um precedente sobre como se espera que as empresas de mídia social gerenciem a segurança dos usuários, especialmente para populações vulneráveis ​​como as crianças. O resultado deste caso poderá levar a regulamentações mais rigorosas e a uma reavaliação dos quadros jurídicos que regem as plataformas online e os conteúdos gerados pelos utilizadores.

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