Relatório final da CPI é aprovado com pedido de indiciamento de Binance, Ronaldinho Gaúcho e 123 Milhas

Relatório final da CPI é aprovado com pedido de indiciamento de Binance, Ronaldinho Gaúcho e 123 Milhas

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Os membros da CPI das Pirâmides Financeiras aprovaram na noite desta segunda-feira (9) o relatório apresentado pelo relator , deputado Ricardo Silva (PSD/SP). O documento pede o indiciamento de celebridades, piramideiros e executivos. 

Na fala final dos trabalhos, Silva exaltou os poderes que uma CPI tem: “Não há poder investigatório mais potente que o de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Porque a CPI tem poderes típicos de autoridades judiciais e, sob o manto da Constiuição, quebra sigilos, determina oitivas, requisita documentos e servidores públicos. Tudo muito rápido”.

O relator disse também que já se iniciaram dezenas procedimentos investigatórios pelo Brasil por conta de movimentações da CPI. “Nós vamos dar muito trabalho com essa conclusão às instituições de controle”, concluiu.

O texto, aprovado de forma unânime, pede que o Ministério Público Federal faça o indiciamento de Guilherme Haddad Nazar e Daniel Mangabeira, os maiores executivos da Binance no Brasil. Também inclui Changpeng “CZ” Zhao, o criador e CEO da empresa. 

O relator afirma que o grupo cometeu crime contra o sistema financeiro nacional, gestão fraudulenta e operação de instituição financeira sem autorização. 

Outro destaque é o pedido de indiciamento de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis . O “bruxo” e seu braço direito são acusados de delito de estelionato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e operação de instituição financeira sem autorização. Tudo por conta da atuação na pirâmide “18K Ronaldinho”.

Ao todo, a CPI pediu o indiciamento de 45 pessoas. São abarcados diversas das pirâmides mais famosas, como os casos GAS Consultoria (Glaidson Acácio dos Santos e Mirelis Zerpa), Braiscompany (Antonio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos), MSK Investimentos (Glaidson Tadeu Rosa e Carlos Eduardo de Lucas), Rental Coins (Francisley Valdevino da Silva), Atlas Quantum (Rodrigo Marques dos Santos e Fabrício Spiazzi Sanfelice Cutis), Trust Investing (Diorge Roberto de Araújo Chaves e Patrick Abrahão), 123 Milhas (Ramiro Júlio Soares e Augusto Julio Soares Madureira). 

Os pedidos são enviados ao Ministério Público Federal, que avalia se irá, ou não, abrir formalmemte processos judiciais contra os acusados.

Projetos de lei

Além dos pedidos de indiciamento, o relatório pede a aprovação de quatro projetos de lei pelo Congresso Brasileiro.

O primeiro, busca aprimorar a legislação penal em casos de obtenção de ganhos ilícitos através de processos fradulentos. Na prática, pune com pena de prisão quem “elabora ou distribui material de publicidade e propaganda ou participa de campanha publicitária” de pirâmide ou esquema criminoso.

O segundo, quer alterar o Marco Legal das Criptomoedas (Lei xxx) para criar uma série de regras que empresas que queiram lidar fornecer produtos cripto (ativos virtuais, como são chamados no texto) devem seguir.

Entre as regras estão “viabilidade econômico-financeira do empreendimento” e “compatibilidade da infraestrutura de tecnologia da informação com a complexidade e os riscos do negócio”. Como um recado para a Binance, estabelece “que seja proibida a oferta ou a negociação de derivativos por prestadores de serviços de ativos virtuais sem a autorização da Comissão de Valores Mobiliários”.

O terceiro volta a bater na tecla de pessoas que fazem propagandas de esquemas criminosos. Mas no caso, trata-se de uma lei específica para quem divulga golpes envolvendo os ativos virtuais e crias regras para “influenciadores”, usando exatamente esse termo.

Por fim, a quarta proposição de lei cria regras sobre o mercado de compra e venda de milhagens.

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