Empresa de Venture Capital manipulou memecoin criada por ela mesma, mostra investigação

Empresa de Venture Capital manipulou memecoin criada por ela mesma, mostra investigação

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Investigações realizadas pelo Cripto Twitter e WuBlockchain na última semana — de 29 de maio a 2 de junho — seguiram a trilha do dinheiro envolvendo o lançamento da memecoin WaifuAI (WFAI). Até chegar a endereços conectados com a empresa de Venture Capital (VC), DWF Labs, em complexo esquema de manipulação de mercado.

No dia 25 de maio, uma nova memecoin surgiu no mercado: WaifuAI (WFAI); cuja página oficial no Twitter é a Waifu AI World ( @waifuaimemecoin ), que utiliza personagens femininos de anime gerados por Inteligência Artificial (AI, no inglês), para promover o projeto com 25,8 mil seguidores na rede social.

Uma distribuição inicial desbalanceada do token, somada a uma movimentação suspeita pós-lançamento da moeda meme chamaram a atenção de Chris (@ChrisONCT), que iniciou sua própria investigação , utilizada alguns dias depois por WuBlockchain para a publicação do relatório que concluiu o envolvimento da DWF Labs nesta suposta manipulação de mercado.

Segundo o relatório, a alocação inicial de 95% de todos os tokens WFAI em pools de liquidez — conforme divulgado pelo projeto — foi utilizada para mascarar a manipulação. Evidências indicam que a mesma entidade que criou a memecoin, conseguiu recomprar 86% de todo o supply em pouco tempo, por um preço muito baixo.

Em um primeiro momento, foram identificadas 11 transações suspeitas que realizaram o mesmo padrão de receber Ethereum (ETH) de contas da Huobi e Binance em um endereço recém-criado, para então comprar trilhões de tokens WaifuAI.

Cada compra foi redistribuída para outros endereços recém-criados, que estão entre os maiores holders de WFAI.

No entanto, a décima primeira transação teve um destino diferente. Sendo enviada para um endereço de depósito da corretora MEXC (0x6B…77b8) que, segundo as empresas de análise on-chain, Arkham e Nansen , pertence à DWF Labs.

“A entrada antecipada no projeto, o timing consistente e a lógica de operação quase idêntica sugerem fortemente que eles são controlados pela mesma entidade”.
WuBlockchain

Mas as movimentações não pararam por aí e o relatório de WuBlockchain diz que esta é “apenas a ponta do iceberg”.

Após o depósito para venda, no endereço da MEXC controlado pela empresa de Venture Capital, foram realizadas mais quatro transações de compra da memecoin seguindo o mesmo padrão. Desta vez com valores maiores e pulverizando o resultado final em um número maior de subcontas.

Esta segunda-fase ocorreu após a investigação inicial de Chris, no Twitter, e os investigadores sugerem que as distribuições subsequentes foram uma tentativa, sem sucesso, de dificultar o rastro.

Ao todo foram identificadas 15 operações de compra de 672,79 trilhões WFAI, em um custo total de 20,71 ETH (R$188,4 mil, segundo o Índice de Preço do Ethereum ). Considerando a oferta inicial de 777 trilhões da memecoin, a DWF conseguiu recomprar 86,6% do supply que deveria ser destinado ao varejo.

Excluindo-se a quantia da transação de número 11 (2,62 trilhões WFAI), os 21 endereços rastreados ainda somam mais de 670 trilhões do token WaifuAI e estão posicionados entre os 25 maiores holders do projeto — competindo apenas com quatro outros proprietários desconhecidos.

O relatório ainda afirma que, considerando movimentações futuras de saída da corretora MEXC, estima-se que a venda de 2,62 trilhões da memecoin pode ter rendido lucro de US$ 226 mil, ou mais de um milhão de reais.

Quem é a DWF Labs?

Até então desconhecida, a empresa DWF Labs surgiu há cerca de seis meses com investimentos milionários em uma grande variedade de projetos de criptomoedas .

Uma destas aplicações gerou controvérsias e levantou bandeiras de alerta para o negócio, com o financiamento de US$ 250 milhões no projeto CriptoGPT , depois identificado como um golpe por especialistas, incluindo o conhecido investigador blockchain: ZachXBT .

“Esse projeto é uma piada absoluta”

O VC ganhou matéria especial no CoinDesk , que foi chamada de “puff piece” em outra thread investigativa no Twitter sobre a companhia recém-destacada. “Puff piece” é o nome dado para publicações que “ressaltam excessivamente” as características positivas de uma pessoa ou empresa, segundo definição da Oxford Languages.

Na matéria, o sócio-administrador da DWF Labs, Andrei Grachev, conta que sua firma de investimentos conseguiu acumular grande volume de capital em operações de alto risco no mercado financeiro tradicional. Agora sendo aplicado no mercado de criptomoedas para aproveitar o mercado de baixa.

A DWF Labs tem escritórios em Cingapura, Suíça, Ilhas Virgens Britânicas, Emirados Árabes Unidos, Coréia do Sul e Hong Kong.

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