Os bancos centrais compram 77 toneladas de ouro em agosto, ajudando a compensar o impacto do aumento dos rendimentos dos títulos

Os bancos centrais compram 77 toneladas de ouro em agosto, ajudando a compensar o impacto do aumento dos rendimentos dos títulos

Nó Fonte: 2920392

Os bancos centrais de todo o mundo continuam a ser uma força importante no mercado do ouro, ajudando o metal precioso a manter os seus níveis de suporte a longo prazo, apesar dos desafios colocados pelo aumento dos rendimentos das obrigações e por um dólar americano forte, de acordo com um artigo da Kitco News, que cita dados do World Gold Council (WGC), de Neils Christensen.

O WGC revelou que os bancos centrais compraram 77 toneladas de ouro em agosto de 2023, o que representa um aumento de 38% em relação a julho. Nos últimos três meses, estas instituições adquiriram 219 toneladas de ouro. Os analistas do WGC sugerem que a procura por parte dos bancos centrais deverá permanecer forte ao longo do ano.

Krishan Gopaul, analista sênior do WGC, afirmou no Kitco artigo que a recente actividade de compra indica uma mudança em relação às vendas líquidas observadas em Abril e Maio, principalmente devido às vendas pesadas e não estratégicas da Turquia. Gopaul expressou confiança de que a tendência de longo prazo de procura robusta por parte dos bancos centrais veio para ficar.

Contudo, o relatório do WGC também observa que esta actividade de compra está concentrada em alguns bancos centrais. O banco central da China, por exemplo, comprou 29 toneladas de ouro em Agosto, continuando a liderar o mercado. Desde Novembro do ano anterior, o Banco Popular da China aumentou as suas reservas de ouro em 217 toneladas, atingindo um total de 2,165 toneladas, o que representa pouco mais de 4% do total das suas reservas externas.

O Banco Nacional da Polónia é outro interveniente importante, tendo comprado 18 toneladas de ouro em Agosto. O banco nacional da Polónia aparentemente adquiriu 88 toneladas de ouro este ano e pretende atingir a meta de 100 toneladas estabelecida em 2021. As reservas de ouro da Polónia situam-se agora em 314 toneladas, representando 11% das reservas externas totais do país.

<!–

Fora de uso

-> <!–

Fora de uso

->

A Turquia, que vendia ouro em Abril e Maio, comprou 15 toneladas em Agosto. Outros bancos centrais que aumentaram as suas reservas de ouro incluem o Uzbequistão com 9 toneladas, o Banco Central da Índia, o Banco Nacional Checo e a Autoridade Monetária de Singapura, cada um com 2 toneladas, e o Banco Nacional da República do Quirguistão com 1 tonelada.

O relatório da Kitco News também menciona que não houve vendedores significativos de ouro entre os bancos centrais em Agosto. No entanto, há relatos não confirmados de que o Banco Central da Bolívia pode ter “monetizado” 17 toneladas das suas reservas de ouro, o que, se confirmado, representaria um declínio de 40% nas suas reservas de ouro.

Kitco salienta que a procura dos bancos centrais tem sido um pilar de apoio crucial para o mercado do ouro, especialmente porque a procura de investimento tem sido fraca durante a maior parte de 2023, e destaca que o aumento dos rendimentos das obrigações tornou mais dispendioso manter activos sem rendimento como ouro. Por exemplo, os rendimentos de 10 anos subiram recentemente para os máximos de 16 anos, ultrapassando 4.7%. Isto levou a um declínio nos preços do ouro, caindo para menos de 1,900 dólares por onça.

O artigo da Kitco conclui observando que, de acordo com analistas, como Colin Cieszynski, estratega-chefe de mercado da SIA Wealth Management, apesar da forte pressão de venda, o preço do ouro tem mostrado resiliência, em grande parte devido à procura contínua dos bancos centrais. Os analistas acreditam que esta procura continuará à medida que as nações procuram diversificar-se, afastando-se do dólar americano.

Imagem em destaque via Meio da jornada

Carimbo de hora:

Mais de CriptoGlobo